quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 21 de fevereiro de 2019)


QUAL O SEU CLUBE?

Em tempos de intolerância crescente nas redes sociais (como na vida “real”), cabem algumas reflexões básicas: uma rede social não é como a casa da gente, e sim como um clube ao qual as pessoas vão para conhecer outras pessoas, revê-las ou conhecê-las melhor, contar as novidades, mostrar suas fotos, trocar receitas, falar de seus bichinhos de estimação, de dietas, de esportes, de religião, de política e de todo tipo de assunto. Também vão para fazer negócios, receber e oferecer oportunidades. Como em qualquer clube "presencial", a educação e o respeito se fazem necessários ao bom convívio. Pode-se escolher mesas, rodinhas de conversas ou salas temáticas nas quais se reúnem pessoas com pontos de vista e interesses comuns.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 16 de agosto de 2018)


UM AMIGO EM BRASÍLIA


Os familiares, principalmente o pai do bebê que estava para nascer, andavam ansiosos de um lado para outro no corredor asséptico da maternidade. Uma cena corriqueira, caso não envolvesse duas das maiores fortunas do país, a dos Marcondes Cavalcanti e a dos Lins e Silva. O casamento fora de conveniência, todo mundo sabia, mas, e daí? – dava de ombros a empertigada parentela. O Juninho – famílias ricas nunca abrem mão de homenagear o patriarca, assim com as pobres que se acham –, viria ao mundo a bordo de uma conta bancária de saldo incalculável. Ele só trabalharia se quisesse, e muitos na família não costumavam querer, e teria praticamente tudo que desejasse na vida.

domingo, 1 de julho de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 1º de julho de 2018)

CONCERTO PARA ESFERA E PAPEL

Enquanto verifico no celular a programação do dia seguinte na Copa da Rússia, meu pensamento retorna a meados de 1970. A casa de madeira com seus rangeres noturnos e móveis desgastados hospedou uma instigante novidade tecnológica em um fim de semana de frio intenso, suavizado pelo fogareiro a carvão. Meu pai levara serviço para casa e, com ele, uma IBM elétrica de esfera. Aos olhos de um menino de dez anos sem muito contato com as novidades do mundo, a Ferrari das máquinas de escrever, com seu largo e sólido corpo de ferro, sua batida ágil, silenciosa e veloz como nenhuma outra jamais conseguira ser, assemelhava-se a um instrumento dos deuses. Além disso, pensava o menino, o pai devia ser importante na firma se podia levá-la para casa.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 6 de fevereiro de 2018)


SÓ FALTA LULA SACAR UMA CARTA PSICOGRAFADA DE MARISA LETÍCIA

Fã ardoroso dos companheiros que levaram a Venezuela à bancarrota, Lula reza ─ ou algo do gênero ─ pela mesma cartilha diabólica. Em 2013, Nicolás Maduro afirmou ter conversado com um passarinho que seria a reencarnação de Hugo Chávez, o fundador da seita bolivariana. “De repente entrou um passarinho, pequenininho, e me deu três voltas aqui em cima, parou em uma viga de madeira e começou a cantar, um assobio lindo”, delirou Maduro. “Fiquei vendo-o e também cantei para ele, então. ‘Se você canta, eu canto’, e cantei. O passarinho me estranhou? Não. Cantou um pouquinho, deu uma volta e foi embora e eu senti o espírito de Chávez”, viajou o homem encarregado de concluir a missão do mestre de afundar o país.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 18 de janeiro de 2018)


EMBRIAGADO DE DELÍRIOS

Em mais um evento destinado a plateias amestradas, no Rio, o ex-presidente Lula deu sequência ao roteiro de delírios de quem sabe que está a caminho da fila de embarque no camburão. “Estranhei ‘um cara’ – é com tal desrespeito que um condenado se refere a um desembargador que irá julgá-lo em segunda instância — ler não sei quantas mil páginas em poucos dias, mas, como tem leitura dinâmica, pode ser”, debochou o cara que considera tortura ler uma página de qualquer coisa. Milhares de páginas o deixam tonto só de pensar.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 16 de janeiro de 2018)


DELÍRIOS DE NARIZINHO

Vítimas de paixões cegas costumam exibir tendência ao delírio. Incapazes de encarar a realidade, acabam como José Dirceu, que durante o Mensalão afirmou estar quase convencido da própria inocência, ou como Dilma Rousseff, que disse enxergar um cachorro atrás sempre que olha para uma criança. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, foi a mais recente vítima da armadilha mental na qual se colocam os que decidem defender o indefensável.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 2 de janeiro de 2018)


TRF4 ESBOÇARÁ CARA DO BRASIL EM 2018

O julgamento em segunda instância de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 24 de janeiro, dará contornos iniciais, mas talvez definitivos, à cara que o Brasil terá em 2018: se irá se tornar, finalmente, um país em que a Lei é para todos, ou se vivas almas muito vivas seguirão escapando por mais um tempo da cadeia sob os aplausos dos seguidores da seita e de espertalhões em geral. Enquanto exércitos de Sem-Noção se mobilizam para fazer barulho a favor do mestre em Porto Alegre, os brasileiros sem alma presa seguem esperançosos.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

 MENSAGEM DE NATAL  

FIQUE BEM, VOCÊ QUE PASSARÁ A NOITE DO DIA 24...

...com sua família realmente feliz.
...ou com sua família de porta-retrato, que não é feliz, mas fará selfie para tentar mostrar que é, paciência, é do jogo.

...com amigos que não são parentes, mas são melhores do que se fossem.
...ou com amigos que talvez nem sejam tão especiais assim, mas e daí, azar, você gosta deles e se sente bem.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 12 de dezembro de 2017)



LULA ACHA ABSURDO PRENDER LADRÕES

Para o ex-presidente Lula – que, incrivelmente, segue solto –, eleição é carta branca para roubalheira. “O Rio de Janeiro não merece que governadores eleitos democraticamente estejam presos porque roubaram dinheiro público”, declarou a viva alma muita viva, sempre embriagada de delírios, em mais um acinte de palanqueiro desgovernado.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

 MEMÓRIA 

A INESQUECÍVEL MADRUGADA DE 11 DE DEZEMBRO DE 1983

Quando o Grêmio ganhou sua primeira Libertadores eu acabara de chegar à editoria de esportes do jornal Zero Hora, promovido "da base", depois de três anos na revisão e tendo me formado havia meses. Comecei no “esporte amador”, como à época se classificava tudo que não fosse futebol ou competições automobilísticas. Logo fui encarregado de produzir uma série especial dominical de duas páginas sobre a história das Olimpíadas, um ano antes da realização dos Jogos de Los Angeles, além da cobertura do dia a dia. No entanto, em ocasiões especiais como uma final de Libertadores, formava-se, como ocorre até hoje, o que se chama nas redações de "força-tarefa", da qual todos os integrantes da editoria são convocados a participar (em alguns casos, até gente de outras áreas). Ajudei na cobertura com textos secundários. Na decisão do Mundial, em 11 de dezembro, fui escalado para cumprir uma pauta típica de novatos, a chamada "ambiental"  nada a ver com meio ambiente, mas com descrever o ambiente, ou seja, o comportamento das pessoas diante de um fato.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 7 de dezembro de 2017)



A ESPINHA FLEXÍVEL DE EVO MORALES

Uma canção de Walter Franco lançada no final dos anos 70, convertida em hino de uma geração a um só tempo revolucionária e adepta do conceito de “paz e amor”, dava a receita de uma vida boa e politicamente correta: “Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. Tornou-se o mantra de milhares de jovens. Evo Morales, ídolo de esquerdistas adolescentes tardios, reafirmou que o quesito “espinha ereta” só vale quando conveniente. Dos primeiros a qualificar como golpe o impeachment de Dilma Rousseff e, portanto, a rotular como golpista o presidente Michel Temer, Evo não se sentiu desconfortável ao fazer salamaleques a Temer durante encontro em Brasília.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 24 de novembro de 2017)



A FALA CONFUSA DO DJAVAN DA POLÍTICA

Marina Silva interrompeu sua hibernação quatrienal para exibir invulgar afinação com o modo de se expressar do eleitor. “Quando o desapreço pelo exercício da alteridade, disputa instaurar-se como regra, abre-se o perigoso caminho pelo qual marcham, s/ escrúpulos, os que se arvoram o direito de decretar destinos, eliminar diferenças e usurpar a construção coletiva da verdade”, escreveu em seu Twitter a mulher que, na versão das redes sociais, é guardada numa câmara criogênica e descongelada somente em época de eleições presidenciais. Se o problema era falta de identificação com o brasileiro médio, agora vai.

sábado, 4 de novembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 4 de novembro de 2017)



A FARRA DOS CARAS DE PAU

Integrantes do clube dos servidores públicos regiamente remunerados não costumam corar ao receber o holerite no final do mês porque se consideram muito acima dos brasileiros comuns, aqueles que dão duro para pagar seus supersalários. Com o cinismo característico dos que se julgam escolhidos por obra divina para participar da farra à custa do esforço alheio, quando questionados ainda se queixam, na maior cara de pau, de supostas dificuldades para manter um padrão de vida digno com tal salário.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 31 de outubro de 2017)



TICO E TECO SEGUEM DE MAL

Acostumada a atropelar o léxico, driblar a sintaxe e trucidar a lógica em sua discurseira sem sentido, a ex-presidente Dilma Rousseff tonteia plateias mundo afora mesmo quando tem tempo para ensaiar o improviso  como diria o inesquecível Odorico Paraguaçu preparado pelos assessores. O raciocínio torto, os lapsos de memória e a doideira do palavrório se estendem às redes sociais. Na internet, ao contrário do que ocorre nos palanques e nas entrevistas, não é preciso falar ao vivo  com ou sem teleprompter. Há tempo para pensar antes de postar. Isso se o Tico e o Teco não vivessem em permanente conflito.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 20 de outubro de 2017)



SÓ SE SURPREENDE QUEM QUER

O fato de 19 dos 44 senadores que votaram a favor de Aécio Neves estarem na mira da Lava Jato é tão revelador quanto dez serem integrantes do PMDB. E, dos 26 que votaram contra, seis também são alvo da operação da Polícia Federal – que, acredite, está sim mudando o Brasil. Entre eles, Lindbergh Farias. O “Lindinho” das listas de propina novamente mandou a coerência às favas, uma vez que o PT chegou a emitir nota em defesa de Aécio, por certo preocupado em livrar o pescoço da companheirada logo ali adiante. Mas querer coerência desta turma já é demais.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 6 de outubro de 2017)



É A HORA DO TERRORISTA VOLTAR PARA CASA

Depois de curtir longos anos de exílio dourado com a segurança, a fartura e o conforto negados a milhões de brasileiros decentes, é hora do terrorista italiano Cesare Battisti encerrar as férias e voltar para seu país. Lá, será enfim apresentado ao dissabor de uma prisão perpétua, pena reservada a criminosos de alto quilate, algo que ele só não é aos olhos da companheirada complacente.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

STF CONSEGUE UNANIMIDADE

Ao determinar o afastamento do senador Aécio Neves e seu recolhimento noturno, os ministros da 1ª Turma do STF, além de interpretarem a lei de modo peculiar e atropelaram a independência dos poderes, conseguiram uma rara unanimidade: o STF está sendo atacado até pelo PT. Em nota, o partido classificou a decisão como "condenação esdrúxula". Não em defesa de Aécio, é óbvio, mas porque amanhã um dos seus poderá ser atingido.

Evidentemente, não há ingênuos na política. Todos os principais partidos têm seus implicados em casos de corrupção e temem o precedente. Mesmo assim, só o Supremo para unir as vozes de PSDB e PT no mesmo coro. E só o Supremo para criar uma situação em que o PT tem razão, ainda que pautado pelos próprios interesses. Que todos os culpados sejam punidos, mas, seguindo-se os trâmites legais. Do contrário, as cadeias já teriam há muito recebido hóspedes ilustres que aguardam na fila do camburão.


(Na foto, os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Crédito: Lula Marques/AGPT)

terça-feira, 26 de setembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 27 de setembro de 2017)


O PT AINDA TENTA NEGAR O INEGÁVEL

Antonio Palocci resolveu dizer a verdade não por ser um homem bom, um pecador arrependido em busca de redenção. Começou a falar o que sabia como o sujeito que decide aprender a rezar quando o avião está caindo. Membro graduado da quadrilha que assaltou os cofres federais, só se arrependeu porque foi pego. E também porque a poucos homens, como a viva alma muito viva, é concedida cara de pau o bastante para negar o inegável e seguir fingindo nada saber sobre aquilo que todo mundo sabe que ele fez e mandou fazer.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 19 de setembro de 2017)


VESTAL EM CASA DE TOLERÂNCIA

Lula nunca soube o que se passava na Petrobras do Petrolão ou no Congresso do Mensalão, tampouco tomou conhecimento de atos de corrupção realizados por membros graduados do partido do qual é criador, presidente de honra – título que embute certa ironia – e mandatário perpétuo. Sequer foi informado do que ocorria nos gabinetes e corredores de estatais e ministérios comandados por gente de sua confiança, nomeada por ele e que, supostamente, estava ali para cumprir suas diretrizes e lhe prestar contas.

sábado, 9 de setembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 10 de setembro de 2017)


Turma da pesada: Edison Lobão, Renan Calheiros, 
Delcídio do Amaral, José Sarney e Romero Jucá 
com Lula nos velhos e maus tempos

PIOR DO QUE ESTAVA NÃO FICARÁ

Enquanto Lula, sempre embriagado de delírios, considera-se o maior governante do Brasil em todos os tempos, o PMDB pode se orgulhar – nesse caso, apoiado em fatos concretos – de ter estado no poder desde sempre. Houvesse um governo e um congresso quando as caravelas da frota de Cabral foram avistadas pelos índios, os integrantes do partido estariam à beira da praia ávidos por negociar bugigangas, pixulecos e cargos com o comandante da esquadra portuguesa.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 7 de setembro de 2017)


PACTO COM O SANGUE ALHEIO

O depoimento de Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro teve o impacto que se imaginava e que vinha provocando pesadelos em Lula e no resto da quadrilha desde que o nominado “Italiano” nas listas de propina se tornou inquilino de uma cela. No ponto mais contundente de suas revelações, Palocci afirmou que Lula tinha um “pacto de sangue” com Emilio Odebrecht. O pacotaço da propina incluiu um terreno para o Instituto Lula, o sítio em Atibaia e mais a bagatela de R$ 300 milhões para a viva alma muito viva desfrutar enquanto debochava da cara dos brasileiros decentes. “Lula sabia que se tratava de dinheiro sujo”, declarou o Italiano, incorrendo em uma obviedade, pois ninguém colocaria esta dinheirama à disposição sacrificando um patrimônio amealhado com o suor do próprio rosto.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 23 de agosto de 2017)


O DESESPERO DO USAIN BOLT DA LAVA JATO

É de se imaginar o desespero que abate a alma culpada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Recordista absoluto de processos na Lava Jato, Cabral pode ser condenado a mais de 300 anos de cadeia, número inferior somente às penas recebidas por figuras lendárias do submundo como João Acácio Pereira da Costa, o “Bandido da Luz Vermelha” (351 anos) e Fernandinho Beira-Mar (320). Coisa de gente grande.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 16 de agosto de 2017)


O EXTERMINADOR SEM FUTURO

Riscos de linchamento moral nas redes sociais à parte, todos os brasileiros são livres para expressar sua opinião. Em uma democracia, pensamentos divergentes não são apenas permitidos, mas altamente desejáveis. Redes sociais abrigam pessoas de diferentes classes econômicas, níveis culturais, regiões, credos, etnias e estilos de vida. É natural, portanto, que as opiniões colidam e nem sempre se pautem pela lógica, pelo bom senso e pela compostura.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

CHINELAGEM É POUCO

O deputado Wladimir Costa, não satisfeito em tatuar no ombro o nome de Temer, abaixo da bandeira de um tremendamente envergonhado Brasil, fez questão de posar de regata, bermudas de calças jeans cortadas, pés descalços, uma lata de Skol na mão e o inconfundível semblante de bêbado de fim de linha. O retrato da chinelagem. Depois de o tatuador afirmar que utilizara henna, ou seja, a tatuagem não é definitiva e pode ser removida facilmente, o parlamentar vergonha alheia decidiu dar ao ato mais do que mundano um desfecho com o devido toque de falta de classe: "O tatuador tava (sic) mais bêbado do que eu." O legislativo brasileiro dispensa detratores, faz questão de se rebaixar sozinho.

sábado, 29 de julho de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 29 de julho de 2017)


A PETULÂNCIA DA JARARACA

Conhecido nas listas de propina como Brahma ou O Amigo, e autointitulado “Jararaca” – apesar de seu nome aludir a um molusco, e não a um réptil –, o ex-presidente Lula tem revelado uma petulância inacreditável para quem está enrolado até o pescoço, é réu em cinco processos e condenado em um por corrupção. Deveria seguir o velho ditado segundo o qual “em época de muda, passarinho não canta”. A sabedoria popular recomenda o silêncio diante de situações como a experimentada pela viva alma muito viva. Em vez disso, prefere seguir atacando o Judiciário, a imprensa e a lógica.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

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(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 21 de julho de 2017)


SENZALA MILIONÁRIA

Enquanto mobiliza seu exército de Brancaleone movido a imposto sindical para combater a reforma da Previdência, Lula mantém depósitos de R$ 9 milhões em planos de previdência do Banco do Brasil. Uma dinheirama que um humilde trabalhador, como ele sempre se proclamou  e mesmo os que chegam à Presidência , não consegue amealhar com o suor do próprio rosto.